Estava lendo sobre a beatificação do Papa João Paulo II e uma frase me chamou a atenção:
"Para chegar à beatificação, foi suficiente provar que intercedeu na cura inexplicável para a ciência humana da freira francesa Marie Simon-Pierre, que sofria do Mal de Parkinson, o mesmo que devastou sua saúde."
O que achei interessante é que na ciência, para demonstrar que sua pesquisa está correta é necessário publicar trabalhos, expor a outros pesquisadores, receber críticas e verificar se suas conclusões resistem a elas. Se a pesquisa passar por todos os testes ela é aceita no meio acadêmico e a teoria descoberta começa a ser considerada verdadeira.
Nesse caso, se fosse pelo processo científico, primeiro era preciso provar que uma regressão significativa de uma doença degenerativa ocorreu. Isso poderia ser feito com acompanhamento médico. Mas depois ainda seria preciso provar, com fatos, que uma pessoa que já faleceu participou dessa cura. E essa segunda parte é impossível!
Mas a igreja criou sas próprias regras para provar um milagre. É a falta de explicação científica que caracteriza o milagre e o relato de alguém que caracteriza o vínculo. Neste caso foi o relato da freira que disse que clamou o nome de João Paulo II e no dia seguinte estava curada.
Por isso que existem tantos beatificados. O próprio João Paulo II beatificou 1340 pessoas.
Enfim, ainda falta muita coisa para a ciência descobrir e entender. E todos esses "gaps" que a ciência ainda tem são utilizados como prova de milagres. Mas cada vez mais a ciência vai se desenvolvendo e fechando esses espaços. Como será a comprovação de milagres daqui a mil anos?
P.S.: Para o Papa virar definitivamente Santo é necessário mais um milagre. Já tem milhares de pessoas que enviaram seus relatos e 270 foram selecionados para serem "estudados" (aspas minhas)
Link da notícia da Veja:
Nenhum comentário:
Postar um comentário