Pensamentos


domingo, 16 de outubro de 2011

Sacolas Plásticas - As Vilãs da Vez


Foto: Apremavi

Este é um assunto polêmico que se encontra resolvido (pelo menos na aparência). A partir do ano que vem está proibido a distribuição de sacolas plásticas nos supermercados em São Paulo. O motivo é ambiental, a lenta degradação do plástico no meio ambiente foi a justificativa para a elaboração dessa lei. Mas eu tenho um pé atrás em soluções desse tipo.

Para todo problema difícil existe uma solução fácil que está errada. E nesse caso me parece que essa lei foi feita mais para agradar a maioria das pessoas e produzir tema para o discurso ambiental nas próximas eleições.

Todo mundo quer diminuir o impacto ao meio ambiente, mas as decisões que afetam tanta gente deveriam ter mais estudo, o que não vi e provavelmente não vou ver. Esses estudos deveriam considerar toda a cadeia produtiva das sacolas plástica até sua final destinação, e comparar com outras alternativas, como sacolas de papel por exemplo.

Olhando somente a biodegradação a sacola de papel ganha longe. Mas já vi matérias dizendo que são necessário 30% menos água pra fazer duas sacolas de plástico do que para fazer uma de papel. Além de que a sacola de papel pesa mais e necessita de um maior número de caminhões para transportar a mesma quantidade de sacolas plásticas, ou seja, mais gasolina, pneus e etc.

O mais apareceu depois dessa Lei foram sacolas reutilizáveis sendo vendidas nos supermercados. Mas elas tem um tamanho limitado, não dá pra fazer aquela compra de carrinho cheio uma vez por mês usando só ela. Provavelmente eu vou ter que começar a comprar uma menor quantidade por vez, e ir mais vezes ao supermercado para poder usar a tal sacola reutilizável. Vou gastar mais gasolina, pneu, tempo....

Enfim, a conta é bem mais complexa do que se limitaram a relatar. Precisamos sim ter soluções para que essas sacolas não acabem dentro do estomago das tartarugas marinhas, mas não acredito em nada tão simples.

No entanto, calcular o quanto a mais as soluções alternativas encontradas pela população estarão impactando o meio ambiente é quase impossível. Então ficamos com a solução parcial que gere os números que os políticos podem usar. No caso, a pura e simples: quantidade de redução da produção de sacolas plásticas!

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