Acabei de ler uma noticia triste em todos os sentidos. Uma menina indígena de 12 anos foi picada no pé por uma cobra em Manaus. Seus pais só a levaram ao médico quando o local já apresentava sinais de necrose. A matéria interia está aqui, mas eu vou comentar cada ponto. Parece mais uma ficção do Kafka do que história real.
De acordo com o tio da menina, a família foi impedida de praticar os rituais de cura no hospital. Os médicos também não concordaram com as restrições alimentares impostas pelos índios e em proibir o acesso ao local de gestantes e mulheres no período menstrual.
Na boa, se eu fosse médico também não permitiria esse tipo de coisa. Com certeza os médicos em Manaus sabem cuidar de picada de cobra, não precisam dos tais "rituais de cura". A família dela ficou fazendo ritual por duas semanas e por isso a menina provavelmente vai perder o pé!
E pior!!! A menina quase perdendo o pé e eles preocupados com quem tá gestante ou menstruada. Queria saber como eles detectavam isso!!
“Na Carta Magna existe um artigo sobre os povos indígenas que garante esses direitos. É o artigo 231, que diz que devemos respeitar tradições, língua, costumes e formas de organização”, afirma João Paulo Barreto, tio da menina.
A lei diz isso e agente respeita. A tradição, lingua, costume e forma de organização. Mas tem uma criança doente, então amigo, sai da frente!! Se se a sua cultura não permite tal coisa porque trouxe ela pro hospital? Dentro do hospital a lei também deveria garantir o direito da criança ter o melhor atendimento possível.
Aliás, esses direitos indígenas, e puxando até para algumas religiões, não deveriam valer em casos de saúde. O direito À vida tem que se sobrepor a qualquer outro de forma legal!!
O Ministério Público Federal emitiu uma recomendação para que o tratamento da criança conciliasse medicina indígena com os métodos convencionais.
Ao tentar o meio termo o MPF conseguiu ferrar de vez. O que quer dizer essa "conciliação" que ele inventou ninguem sabe!! Agora o nó tá dado oficialmente, tanto médicos quanto os índios estão oficialmente responsáveis pela menina. Claro que se der problema a culpa vai ser "do outro", né!!
A recomendação foi atendida, o pajé passou a ter acesso à menina desde que os rituais não incomodassem os outros pacientes.
Imagina esse hospital como ficou!!! O MPF quiz agradar e os médicos e pacientes que se virem agora. E a menina continua com o pé necrosado!!
Por causa da possibilidade de amputação, que não é aceita pelos índios, a família levou a menina para a Casa de Apoio à Saúde Indígena, onde ela está sendo tratada por pajés e por um cirurgião geral.
Incrível!! Deixaram ela sair do hospital!!! Está sendo tratada por pajés!!! E o MPF aceita isso!!! Vão ficar rezando pra menina sarar. Ah!! E amputar não pode. Tivesse pensado nisso duas semans atrás certo!!
Não é possível que o estado não consiga intervir a favor da menina!!
O Ministério Público diz que vai continuar acompanhando o caso. “A preocupação do Ministério Público Federal agora é com a vida da criança. Então, neste sentido, eu realmente vou analisar o caso com carinho, com cuidado, e ver quais providências eu vou tomar”, afirmou a procuradora da República Luciana Portal Gadelha.
Bom, o "carinho e o cuidado" até agora não ajudou a menina em nada! Ela continua doente e sem acesso a medicina.
Enfim, provavelmente mais uma criança vai ser fisicamente agredida porque a "cultura" de seus pais não aceita utilizar recursos modernos de medicina. Esse tipo de coisa não deveria ser aturada em hipótese alguma. Muito menos ter o aval do estado. Pior ainda quando se trata de crianças!
Será que só eu tô achando tudo errado?
P.S.: E durante a discussão filosófica a menina continua doente.....(será que alguem vai lembrar dela?)
Com toda essa discussão, ninguém ligando pra menina, é capaz até dela ser picada na outra perna e ninguém nem notar...
ResponderExcluirImagina se a COBRA estiver acompanhando essa discussão: "- Poxa vida. Não era para demorar tanto. Se fosse outro bicho já tinha morrido, eu já tinha me alimentado. Agora os homens, não morrem, nem salvam... Ô bicho ruim!"